segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Novo Mercado Consumidor Brasileiro

População mais velha, classe média renovada e novo perfil do jovem estão favorecendo a criação de novos negócios no País.

O mercado consumidor brasileiro vem mudando nos últimos anos. Duas décadas atrás, era muito difícil prever que, em um futuro próximo, a nova classe C estaria disposta a investir uma boa quantia para adquirir sonhos de consumo  ou ainda que compradores da terceira idade fossem aproveitar a vida com viagens e academias de ginásticas.

Esses novos consumidores se transformaram em uma ótima oportunidade para abertura de novos negócios. O contínuo movimento de mudança registrado no País, nos últimos anos, pode ser demonstrado, por exemplo, com o crescimento da população mais idosa, casais que têm um número menor de filhos, mulheres mais bem preparadas profissionalmente, trabalho fora de casa, mais casais com renda dupla e sem filhos, e o ingresso de novos membros à classe C.

Para identificar uma oportunidade de negócio, o empreendedor deve ficar atento aos movimentos do mercado e também as tendências de mudanças da sociedade. O segredo para o empreendedor é manter os olhos e ouvidos bem abertos, a fim de detectar as oportunidades. Também deve observar com cuidado os mercados em crescimento, como as mulheres empresárias e independentes, as crianças mais tecnologicamente integradas e a longevidade da população. Por isso, fiquem bem atento a essas novas oportunidades, como segue:

1 - OS NOVOS VELHOS - Brasileiros acima de 60 anos representam hoje 10,5% da população, ou seja, 19 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE. E essa proporção vai aumentar - e muito. Pelas projeções do IBGE, se em 2008  eram 26 pessoas com mais de 65 anos para cada 100 com até 14 anos, em cinco décadas a relação será de 172 idosos para cada 100 crianças. Com saúde e tempo livre, eles buscam aproveitar a vida.




2 - MULHERES PODEROSAS - As mulheres de hoje param de trabalhar apenas quando já estão na terceira idade. Mais inseridas no mercado de trabalho, com mais instrução e menos filhos, as mulheres estão cada vez mais independentes no seu consumo.

3 - SOZINHOS SIM, MAS NÃO SOLITÁRIOS - Os sozinhos estão crescendo em número. A proporção de arranjos familiares unipessoais passou de 7,3% do total das famílias, em 1992, para 10,7% em 2006, segundo dados do IBGE. Eles podem ser pessoas solteiras, viúvas e divorciadas. Apesar de morarem sozinhos, não estão isolados e estão disponíveis para viagens, passeios e jantares.

4 - CASAIS COM DINHEIRO - Hoje a formação acadêmica e a vida profissional são os fatores que levam os casais a adiar a chegada dos filhos. Com isso, a dupla volta seus investimentos para a educação, a vida social e o prazer. Para compensar a ausência das crianças, esses casais optam por animais de estimação.

5 - CRIANÇAS DIFERENCIADAS - As famílias brasileiras estão reduzidas. O Brasil é o país da América Latina com os menores lares - são 3,3 pessoas em cada um. Com menos filhos, é natural que os casais invistam na qualidade e concentrem investimentos maiores em educação. Os adultos pagam escolas melhores, cursos de inglês, e eem produtos mais sofisticados.



6 - CLASSE C SOFISTICADA - Quase metade da população brasileira faz parte da chamada classe C, que tem renda domiciliar em média entre R$ 1.115,00 E R$ 4.807,00, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas  (FGV). Esse é um público que entra em massa no consumo de aulas de inglês, alimentos semiprontos e viagens. Eles estão cada vez mais em busca por tecnologias de ponta, roupas e acessórios.

Por isso, fique atento e aproveite as oportunidades que estão crescendo juntamente com o novo mercado consumidor brasileiro.


Fonte: Revista "Pequenas Empresas & Grandes Negócios" e Jornal A Gazeta.



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