O que faz um bom líder? Uma pessoa capaz de trazer resultados, motivar e inspirar a equipe, antecipar o futuro, fazer as perguntas certas e virar o jogo?
A cada minuto, temos uma nova teoria sobre a matéria da boa liderança escrita por alguém em alguma parte do mundo. Existem as clássicas, como as do Daniel Goleman, que no final dos anos 90 popularizou o conceito da inteligência emocional. Um grande líder, para Goleman, reuniria cinco atributos: auto-conhecimento, auto-controle, empatia, motivação e uma excelente capacidade de se relacionar com pessoas.
Num artigo recente, publicado na Harvard Business Review, o professor Tomas Chamorro-Premuzic, que estuda personalidade, defende que a liderança de resultados não exclui a liderança de propósito (a que produz mais engajamento). Segundo Tomas, é muito comum encontrar os dois estilos numa só pessoa.
Falando sobre as novas relações entre as pessoas e o trabalho com um grupo de amigas (quase todas com experiência na gestão de grandes negócios), chegamos ao tema inevitável: do que é feito o novo líder? Um cara, uma mulher, altamente pressionados por resultados de curto prazo e que, como todos nós, está sem clareza para decifrar o futuro?
Foi quando uma das amigas, Elda Muller, mestra e inspiradora, trouxe à tona um texto de William Deresiewiecz, reprodução de uma palestra feita por ele, em 2009, aos militares americanos. Com o charmoso título 'Solitude and Leadership' (Recolhimento e Liderança, na tradução de Elda), o professor William nos ensina que o recolhimento, a capacidade de ficar só, é uma virtude do bom líder.
William, que já ensinou nas universidades de Columbia e em Yale, critica a liderança multitarefas para celebrar a liderança de profundidade (a do recolhimento). Os multitarefas, tão valorizados no curto prazo, são superficiais, não conseguem pensar o bastante numa ideia para desenvolvê-la com qualidade. Já o líder de profundidade é alguém que decide se concentrar tremendamente nessa ideia a ponto de se recolher.
“Concentração, foco”, diz William. “Isso permite que você organize toda sua energia num ponto específico em vez de se dispersar em inúmeros impulsos.” Para William, o líder capaz de se recolher é alguém que cria sua própria realidade, que pensa por si mesmo, não para os outros.
Numa outra curiosa reviravolta no artigo, o professor propõe a amizade como uma poderosa ferramenta a serviço do líder recolhido/de profundidade. Para o professor, pensar alto na presença de um bom interlocutor é uma maneira de se concentrar. “Recolhimento significa conversar com você mesmo. Uma das melhores maneiras de fazer isso é conversar com alguém em quem você possa confiar e abrir seu coração.”
São dois conceitos inovadores (recolhimento e troca de ideias) para a construção da visão de um líder. Por outro lado, são conceitos que bebem das mais tradicionais das práticas humanas: a capacidade de se questionar e de ouvir. Inspirador pensar que estas virtudes valem pra vida. Não só para a liderança.
Fonte: https://br.mulher.yahoo.com/blogs/mulheres-incriveis/as-virtudes-da-nova-lideranca-024639365.html
Lendo essa matéria, eu pude me ver como esse "líder em profundidade", que sente necessidade de se isolar para pensar, pois quando eu vou planejar algo, como um projeto, por exemplo, eu tenho de ficar só, pensar, refletir, então as ideias vão sendo colocadas no papel, num rascunho, que depois posso melhorar e quando já tenho tudo em mente e no papel, então, posso falar com alguém sobre o quero fazer e essa pessoa gosta, sugere algo e acaba confirmando o que pensei ou acrescentando algum detalhe a mais... geralmente é assim que acontece comigo.
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